"era silêncio,só.
era o motivo,era a falta de tempo,era a cabeça cantando e a alma dançando.
não era choro: era morro,
serra,montanha.
era o sonho com sono,que insistiu em acordar,e não ficou de pé.
o medo é de não me apaixonar."
domingo, 31 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Cais-porto-aeroporto-estrada-porta do céu-fronteira-palco-campo de futebol
...e o mundo livre perdeu as botas e foi parar lá no sertão.
O sertão insistia em dizer que ia virar mar, mas de lá não se esperava nem vento, nem ventania.
Era do norte que saia os sopros para mover os moinhos, era de lá.
Mas ele era cego, sentia o sopro, mas nunca conseguiu vê-lo. Cá pra nós, que pena! A cena era, de fato, muito bonita.
E naqueles passos eles se entenderam. Desculpa, esqueci de contar do choro. Ela era choro, tinha roubado toda água do sertão, e sempre despejava- antes do trem partir e antes dele chegar. O cego não sentia falta da chuva, mas do choro...! Sempre! E nos encontros e despedidas, o choro fazia dele choro também, repartindo a água, em dois, como à última fatia do bolo.
E o mundo livre era deles: o biquíni branco, a blusinha, e o sorriso jogado pra trás- ele podia ver. Mas o melhor o tempo esconde... Um foguete de asas enormes, [um foguete que não era americano] parou naquele sertão, trouxe o mar, o mel e outros suvenires.
O cego quis ir embora, e ninguém soube o porquê. Nas redondezas se espalhava que o cego ia fazer do grande mar do mundo, o sertão. Com ele, ela ia também. Para o cego o próximo grande sertão tinha que ter choro, caindo do céu, em milhares de foguetes- nos encontros e nas despedidas.
O sertão insistia em dizer que ia virar mar, mas de lá não se esperava nem vento, nem ventania.
Era do norte que saia os sopros para mover os moinhos, era de lá.
Mas ele era cego, sentia o sopro, mas nunca conseguiu vê-lo. Cá pra nós, que pena! A cena era, de fato, muito bonita.
E naqueles passos eles se entenderam. Desculpa, esqueci de contar do choro. Ela era choro, tinha roubado toda água do sertão, e sempre despejava- antes do trem partir e antes dele chegar. O cego não sentia falta da chuva, mas do choro...! Sempre! E nos encontros e despedidas, o choro fazia dele choro também, repartindo a água, em dois, como à última fatia do bolo.
E o mundo livre era deles: o biquíni branco, a blusinha, e o sorriso jogado pra trás- ele podia ver. Mas o melhor o tempo esconde... Um foguete de asas enormes, [um foguete que não era americano] parou naquele sertão, trouxe o mar, o mel e outros suvenires.
O cego quis ir embora, e ninguém soube o porquê. Nas redondezas se espalhava que o cego ia fazer do grande mar do mundo, o sertão. Com ele, ela ia também. Para o cego o próximo grande sertão tinha que ter choro, caindo do céu, em milhares de foguetes- nos encontros e nas despedidas.
sábado, 2 de agosto de 2008
Hoje, o mundo vai ver o atar das fitas, o juntar as trouxas, o dividir, o repartir... Hoje os laços cor de rosa comemoram e a idéia de ser um sendo dois já tem casa, comida e roupa pra lavar.
-"E o tempo?"- ela indagou, com prudência e respeito.
-"O tempo vai virar borboleta!"- sem prudência, e sem respeito.
E do alto da casa da árvore,que um dia foi plano e hoje saiu para fora do papel,eles observam as borboletas.
-"Ele tinha razão...
Circulares como o tempo."
-"E o tempo?"- ela indagou, com prudência e respeito.
-"O tempo vai virar borboleta!"- sem prudência, e sem respeito.
E do alto da casa da árvore,que um dia foi plano e hoje saiu para fora do papel,eles observam as borboletas.
-"Ele tinha razão...
Circulares como o tempo."
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